Você rompeumembranas no meu coração.
Dilacerou meu peito,
roubou meu sorriso,
calou um violão ventrículo,
meu assunto morreu venoso.
Uns anos de retratos,
uma caixa inútil
na vida de um réptil.
O sangue frio
bota fogo nas fotos:
uma a uma.
O sol e a desmemória
aquecem as hemácias
num abraço-anaconda,
viram amazonas à caça
de subterfúgios de carne.
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