sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Publicidade e Religião

Se a gente estivesse na Idade Média a publicidade seria a bíblia, mas como a gente não tá na Idade Média as lápides estão ficando assim:



Belíssimo trabalho da Laura Keeble intitulado "Idol Worship". A instalação se constitui de lápides que ao invés de levarem os tradicionais símbolos religiosos, são ornamentadas com logotipos corporativos. Creio até que a constatação/piada da artista possam daqui uns meses virar tendência em alguma pequena cidade do interior dos Estados Unidos. Enquanto isso, prefiro ver como uma crítica cabível à sociedade pós-moderna, pós-industrial... póssivelmente já pós-globalizada pelo branding from hell.

Se ela tivesse feito antes essa imagem, seria certamente a capa do meu trabalho de conclusão de curso (Mitos Contemporâneos - A criação corporativa).


Se você não tiver saco de ler, tem umas figuras legais dentro do livro também. Sempre vale a pena fazer um auto-jabá...hehehe

Mais uma boa imagem relacionada, a essência do branding, numa bela metáfora com o ferro de marcar gado:

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Vibe Agência de Publicidade

Fazia tempo q não sentia isso, chegou de repente. Quando era estagiário, agora percebo que este sempre foi o meu grande problema com aquele ambiente hostil. O mesmo problema que agora ressurge de maneira incontestável: mandei a porra da arte pra ser aprovada às 15h30 da tarde...de lá pra cá não tive mais muito o que fazer. Agora já deve ser 19h e o filha-da-puta ainda não ligou me dizendo se tá aprovada!! Caralho! Quero ir beber, viver! Qualquer coisa à essa masmorra chamada cliente! Disse!

sábado, 24 de novembro de 2007

Toilet very pleasant surprise - parte II

Para ler este conto, recomenda-se a leitura da parte I.



Tô chegando na balada e encontro Carol logo na entrada, com uma amiga. Lá vem... a Carol de novo... a última vez que vi ela, acho que ela tava com o John e rolou aquela conversa do banheiro com ele... foda...hehe...mas acho que nem rolou mais nada entre os dois também... pensando bem ela é meio estranha, né não?! Acho que foi por isso q parei de sair com ela in the first place :-S

- Oi, tudo bem?
- Olás!!! Tudo jóia... tá chegando agora?
- Acabei de chegar, e vc?
- Que bom!!! Gosto de chegar no mesmo horário q vc na balada ;-)
- Hehe...
- Essa é minha amiga, Gisele!!!
- Olá, prazer, Fernão.
- Prazer...
- Bom...vou pra lá encontrar o pessoal, a gente se tromba...
- Vai lá... até mais.

Fui pro bar... encontrei mais uns conhecidos... troquei umas idéias... quando estou indo finalmente comprar a breja, Carol com a amiga:

- Hey! Você de novo?
- Graaande Carol!
- Vamos dançar?!
- Já vou lá...

É... ela continua simpática, e com um sorriso sensacional, mas é definitivamente estranha e exagerada... Acho que vou mijar... Tô saindo do banheiro, logo na porta. Carol, sem a amiga, me pergunta repentinamente contra a parede:

- Por que foi mesmo que a gente parou de sair?
- Não sei, mas acabei de lembrar porque a gente ficava...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Dirceu Digital



Marília mora longe,
lá onde coração já 'tá.
Indo p'ras bandas se foge
do peito vazio que há.

No peito quieto há lacuna,
e em paz não pode ficar;
pois, sem coração, o silêncio
jamais será bom lugar.

Nem mesmo o silêncio da rede,
o linkar de barulho infinito,
não cala teu jeito bonito,
que o caos quis me mostrar.

O coração, no fundo, já sabe
do conforto que Marília dá.
Ainda que em beijo distante,
silêncio algum constrangerá.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A flor do gato


É... o design de embalagens mostrando a que veio ao mundo! Esse é uma ração para gatos franceses que, ao que parece, promete eliminar flatulências felinas...

Posso não falar nada?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Amigos do "se oriente, rapá"



Ache:

-> um par de gêmeos;
-> um bêbado;
-> um chapado;
-> um com sono;
-> um que acabou de acordar;
-> um quase durmindo.

ganhe uma bússola!

sábado, 10 de novembro de 2007

Descobrindo o conceito de Halls


A história de uma marca é uma coisa muito interessante, mas os usos culturais que fazem dela é algo absolutamente inusitado. O exemplo da vez é o Halls. Sim! O Halls, aquele "drops" que é até recomendado em terapia de casais para "resfriar" o sexo, esquentando assim o relacionamento.

Aqui no Brasil o posicionamento de marca é voltado para adolescentes, um conceito publicitário que poderia se confundir com um dentifrício ou um picolé, quiçá... Porém, essa semana acabei descobrindo pelo gringoes.com que lá pelas bandas da America do Norte as coisas não são bem assim. Por lá tudo é comercializado sob a argumentação de que se trata de um produto que alivia dores de garganta e tosses.

Trata-se do exato mesmo produto aqui e lá, conforme apurou o pessoal do site gringoes.com ao ligar para o tele-atendimento da empresa, que alegou que se tratam apenas de "rumores" sobre a marca no exterior. Pelo jeito não existe nenhum interesse que este fato curioso seja divulgado aqui na América Latina. Então é nóis! hehehe

Sempre gostei de Halls, inclusive certa feita quando fiquei 3 meses sem fumar, foi o danado do Halls preto que segurou as ondas mais fortes daquelas tradicionais crises de abstinência. Será que eles poderiam criar este terceiro conceito para vender o produto assim em outro lugar?

Segundo consta no site do Halls na gringa, o produto foi inventado por dois irmãos ingleses lá no fim do século XIX com este propósito , aí passou pra Adams e tomou conta dos Estados Unidos. Em meados de 70 chegou no Brasil, mas jamais com esse approach farmacêutico, por assim dizer.

Um dos meus beijos mais inesquecíveis (um dos primeiros, é verdade) foi sabor Halls morango hehe... Acho que tinha uns 15 anos de idade em 1998. Naquela época eu jogava vôlei
e ela jogava basquete. Ahh, como eu estava apaixonado... Estávamos nos Jogos Escolares em Goioerê, evento de abertura, ginásio lotado, de repente apagam as luzes, entra um cara com a tocha pra acender a pira e pá! Um grande beijo sabor Halls morango...hehehe...

A única coisa que me intriga é não saber se estes efeitos que funcionam para aliviar a dor de garganta e tosse (fato reconhecido por alguns inconscientemente aqui no Brasil) não seriam prejudiciais para um produto que se vende como uma simples bala. Preferiria que o Halls fosse só aquele do beijo de morango mesmo, para dor de garganta já temos Benalet, Valda e Flogoral, em casos extremos...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Toalhinha Chapada



Sinto que não sobrou ninguém para me compreender. O tempo levou meus amigos, amigas, minhas intimidades adolescentes para um lugar onde não posso resgatá-las em público... Não posso mais falar abertamente sobre as coisas que preciso, sob a pena de não ser interessante ou de me expor ao ridículo. Minha memória e as histórias que vivi vão esvaindo da minha mente como se tudo o que vivi até agora absolutamente não fizesse diferença para ninguém. Nem mesmo os momentos compartilhados com os outros parecem ter algum valor quando minha presença é lembrada. Tudo aquilo que acreditava ser "vida perfeita" desmonta como um beck a ser dixavado e fumado pela letargia dessa fumaça verde que já está impregnada em todos os meus fios de cabelo.

Já não fecho mais os olhos para pular. E quando pulo não é mais do alto. Todos conseguiram sua própria companhia e eu não mais consigo me aproximar de ninguém. O desespero é tão imenso que enquanto o raciocínio me grita que não posso amar mais o desejo do que o objeto desejado, meus animais me sufocam implorando o contato com um corpo alheio qualquer. Antes fosse mudo do que ter uma voz que não se presta a falar algo de valor ou mesmo riso à minha amada!

Maldita vergonha de mim mesmo, de olhar as pessoas nos olhos, como se ninguém mais dentro do comboio tivesse fumado um baseado pela manhã. Sou um marginal de mim mesmo que agora se isola sobre o anonimato infantil da internet para escrever as coisas que corroem minha realidade pós-formado-empregado-se-virando-sem-mulher-ou-sorte.

Não sei nada sobre o amor na metrópole, ou sobre qualquer valor possível para o relacionamento entre um homem e uma mulher neste ambiente tão devorador. A confiança em encontrar alguém de naipe vai sumindo a cada namorada que chifra e goza do respectivo em meus lençóis. Uma delas já me disse que fico com a melhor parte da história: "você me come e não precisa agüentar minha TPM"...

No fundo o que ela quis dizer é que ninguém espera responsabilidade qualquer de minha parte. Nem mesmo sem camisinha eu trepo para aquela vagabunda não ter chance de engravidar, sem chance! Até porque namorada dos outros só aparece quando tá menstruada... Estas vacas vêm e vão e às vezes me apego a elas... o que a solidão não faz com o ser humano?! Até que elas percebem como sou ridículo, carente, sem amor-próprio e vão embora com seus respectivos oficiais...

Me sinto como se fosse a toalhinha chapada do South Park... pior! Como se a toalhinha fosse um modess... tudo por culpa de mim mesmo e das coisas que faço.

"Do you wanna get hiiiiiiigh?!"