sábado, 22 de outubro de 2011

Depêndulo

Depender do olhar alheio
pendurado ao seu juízo
viciado e sem freio
em desgaste e prejuízo
afinar sem referência
uma dinâmica frequência
à indelével, tácita distância
com um labirinto ébrio
de sonhos tóxicos, roubados.
o que você vê, com este silêncio dos seus olhos?
As coisas que queremos no fim,
nunca teremos no meio
e assim tanta gente que não é rica, nem feliz
e decide correr pra lugar nenhum.
eu só fico parado, observando, sentindo...
sentindo tudo e sentindo muito
tão difícil mesmo a sociedade
que se duvidamos uma vez e com razão,
já não existe verdade,
a referência se perde sem consenso
vira tudo mandarim em mim
e pra se achar, se colocar no mundo
nunca bastou um chapéu, uma barba
p'ra deixar claro os detalhes do que pende da intimidade
que é olhar para o outro no olho e se enxergar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Planos e ângulos

MInguam
e o sentido escapa
de uma existência
que não se justifica
além de si
e as coisas prontas, disponíveis,
não cabem no meu número, ou encaixam
espiritualmente
a matéria não bastA MAIS
O QUE EU FAÇO
com tanta vida
que escorre na existência
insignificada em derrrrrame agudo
que escorrrrre na existência que expõem
a natureza duma responsabilidade
grossa que se parte grave
procurando algo que nunca será
nada além de, reticências partidas...