sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Calendário Econômico Mundial

É um bissexto de alegria
Cada continente uma olimpíada,
um quadriênio, um dia a mais.

Adaptação

Você gosta de brincar de polícia,
Eu só brinco de revolução.
Você gosta de julgar e reprimir,
Eu brinco de política aberta.
Você invoca leis e regras sagradas,
que vivem dando mancada...
Eu me divirto com os símbolos
que não lhe pertencem
e a poesia que lhe deixa tonto
Porque você nunca vai entender
BULHUFAS do que é belo em conviver
e de como o ser humano vai melhor
apontando menos dedos,
Com menos medos de mudar
pois essa é a vida, adaptação.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Porra, Euclides!

É diferente de pensar,
Diferente de resolver
Todas estas cousas per capita.

É tudo gozo e dor, mas no fim
É sempre o mesmo glaglaglá humano...
Os mesmos sentimentos, Euclides!

As mesmas perguntas
E uma maioria careta em coro
Na ponta da língua com a mesma
       [ a mesma resposta
Euclides, uma só vida e morte
                    [ per capita
Para todo devir, criativos, ativos,
Passivos dos diferentes tempos
                                [ cíclicos, primordiais
A fazer único universo, um só plano
individual porque coletivo, porque ponto e linha
Coletivo porque individual, Euclides!

Expressivo e igual sendo tão contínuo
Com pausas enormes para o amor, o ódio,
paz e guerra nas mesmas condições
                [ que nos unem no mesmo,
                                [ no mesmo glaglaglá eterno...

Porra, Euclides!
                   [ Que universo é esse?

Cântico Atlântico a Pindorama

Te amo, minha majestade,
Minha rainha, imperatriz, mon chou,
Gloriana, graciliana e mais cheia de graças...

Cigana e princesa, banhista mais bela
À sombra donde canta o sabiá,
Bresiliana vens úmida, vens quente,
Verde floresta, vermelha semente,

Nem África, Ibéria, ou norte América,
Em teu seio, mulher gentil, ó liberdade,
Uma brasa, um braseiro, um brasil...

Com teu resplendor, delícia,
Assim tu me matas, axé sertaneja,
Com teu olhar de ressaca,
Que vem e que praça (!), agreste e criola
Abrindo alas, fazendo ebó e ola.

Redime teus gringos em mingau sublime
E que hajam energias para a tua folia!
Com tanto açúcar, cacau, café, guaraná:
Mulher que és, mulher, 
Até na orgia, só faz o que quer.

Te trouxe filhos, me faz teu oceano.
Deságua e me dá tua orla que te beijo na vaga, na espuma e areia, 
Nas nossas praias e mangues, abrasamos o canto.