terça-feira, 17 de agosto de 2010

Doce


Tu és sorriso largo inevitável.
Teus lábios firmes, teus alarmes...
Contigo o amargo é inefável,
Néctar, doce flor. Da tua idade,
Sorriso largo inabalável desdobra
Em pele que descobre a energia
Enquanto órgão a tocar com mãos.
E mima a boca tua em minha carne,
Te toco toda, te testo o tato,
Te estremeço pelo paladar, olfato.

Pele preta eu te encontraste
Em nossa humana tez contraste.
Do chocolate as tuas fendas flores
Rosas, rubras e escarlates,
Seio botão, doce melado a tua idade,
Fundamental arrimo em meu tempo
De burro velho, sábio amargo;
Dulçor no caos, aprecio com maturidade.
Tu és alívio, avalio-te explendor.
Reluto tanto mas te rimo:
Eu te ensino meu carinho
Se me adoças teu sabor.