sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Comparação Simples



Quarenta dias
no deserto
são mais alegrias
que quarenta noites
de Domingo
sem companhia perto.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Liar (Rollins Band)



You think you're going to live your life alone
In darkness and seclusion... yeah, I know
You've been out there and tried to mix with those animals
And it just left you full of humiliated confusion
So you stagger back home and wait for nothing
But the solitary refinement of your room spits you back onto the streets
And now you're desperate and in need of human contact
And then you meet me and your whole world changes
Because everything I say is everything you've ever wanted to hear
So you drop all you defenses, I'm perfect in every way
cause I make you feel so strong and so powerfull inside
You feel so lucky
But your ego obscures reality that you never bothered to
Wonder why things are going so well
You want to know why?

cause I'm a liar, yeah, I'm a liar
I'll tear (rip) your mind up, I'll burn your soul
I'll turn you into me, I'll turn you into me
cause I'm a liar, a liar, a liar, a liar...

I'll hide behind a smile and understanding eyes
And I'll tell you things that you already know so you can say:
I really identify with you, so much
And all the time that you're needing me is just the time
That I'm bleeding you, don't you get it yet?
I'll come to you like an affliction then I'll leave you like an addiction
You'll never forget me... do you wanna know why?

I don't know why I feel the need to lie and cause you so much pain
Maybe its something inside, maybe its something I can't explain
cause all I do is mess you up and lie to you
I'm a liar, ooh, I'm a liar
But if you'll give me another chance I swear I'll never lie to you again
cause now I see the destructive power of a lie,
They're stronger than truth
I can't believe I ever hurt you, I swear I will never lie to you again
Please, just give me more chance, I'll never lie to you again, no,
I swear, I will never tell a lie, I will neer tell a lie, no, no
Ha ha ha ha ha ha ha ha ha! sucker! sucker! sucker!

I am a liar, yeah, I am a liar, yeah, I am a liar
I lie you, I feel good, I am a liar, yeah
I lie, I lie, I lie, I lie ooh, I lie, yeah, I lie
Im a liar, I lie, I like it, I feel good, I like it, and again
I like it again and Ill keep lying, Ill promise

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Desejo (Victor Hugo?!)



Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Como achar aquela fonte que você precisa e não tem?



Essa dica é pros colegas designers:

A próxima vez que seu cliente mandar aquele arquivo pra você "só" alterar o texto e aparecer uma lista de 29 missing fonts, não mande seu mecenas para a "casa do caralho": respire fundo, abra o Google e digite o nome da fonte que você precisa seguido de ".zip" e/ou ".rar".
Por exemplo: hoje precisei da família "Humanist 521 BT"; digitei no buscador "humanist521BT.zip" e tcharan! Lá estava o arquivo me esperando com um sorriso... A família inteira!

Bom... se nem isso resolver, você pode ainda tentar uns outros sites muito bons:
AllFontz.com
DaFont.com

E dois tipógrafos nacionais muito bons e reconhecidos:
Misprintedtype.com (Fontes com falhas de impressão)
Just in Type.com (Fontes inspiradas em pixação urbana)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Parodiando Fernando Pessoa na caruda, sem respeito, pé no peito, com estilo Jorge Ben...


Eu quero quer sempre aquilo com quem eu simpatizo,
e eu torno-me sempre, mais cedo ou mais tarde aquilo com quem eu simpatizo.
E eu simpatizo com tudo.
São-me simpáticas as mulheres superiores porque são superiores, e são-me simpáticas as mulheres inferiores porque são superiores tanto, porque ser inferior é diferente de ser superior,
e isso é uma superioridade a certos momentos de visão.
Eu simpatizo com algumas mulheres pelas suas qualidades de caráter com outras eu simpatizo pela falta dessas mesmas qualidades e com outras ainda eu simpatizo por simpatizar com elas
porque eu sou rei, absoluto na minha simpatia basta que ela exista para que eu tenha razão de ser!

Esperar e Chegar

Excelente poema q encontrei num blog ... É tão bom que vou copiar na íntegra... inteirinho! estava procurando imagens e por acaso me aparece este toco... a primeira frase me chamou atenção, entrei e pronto: tava lá a pérola que eu precisava ler. Ó! Silêncio eterno e constrangedor da memória banida ao profundo inconsciente da vontade de amar...


"Como um silêncio ao contrário enquanto espero escrevo uns versos. Depois rasgo."
(A. C.)




Porque esperar é a melhor saída quando você não quer o bastante. Porque esperar é mais fácil. Porque esperar é mais cômodo. Porque esperar é sempre mais tranqüilo. Porque esperar não dói. Porque esperar não machuca. Porque esperar não faz mal. Porque esperar é não acontecer. Porque esperar não dá trabalho. Porque esperar não é verbo intransitivo. Porque esperar é o mesmo que te aguardar e isso eu faço muito bem.

Porque chegar é encontro. Porque chegar é bom. Porque chegar é voltar. Porque chegar é saber. Porque chegar é poder olhar. Porque chegar é saber escolher. Porque chegar é entender o desejo. Porque chegar é estar. Porque chegar é não mais sentir saudade. Porque chegar é visitar as origens. Porque chegar é deixar de esperar. Porque chegar é querer estar perto e eu sempre quis isso também.

Porque entre esperar e chegar está o segredo.
E porque é essa a palavra do dia.
Só porque eu quero.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Parábola da Árvore da Vida

Uma das histórias favoritas do meu velho poderia muito bem ter sido tirada de algum livro do Evangelho. Tem a cara de uma daquelas parábolas do "Filho Pródigo"; ou então aquela outra do patrão que distribui "talentos" aos servos. Mas não é. Ela foi um pouco atualizada. Some-se a isso minha novíssima versão e fica assim:

Um menino e seu pai plantaram uma árvore. Era a primeira que o pequeno ajudava algo a nascer. Aquilo não tinha muito sentido na sua cabeça:

- Pai, p'ra quê plantar árvores se elas nascem sozinhas?

- Ora, filho, esta vai crescer aqui onde escolhemos, não precisaremos ir até ao mercado comprar seus frutos e teremos uma frondosa sombra para descansar.

Assim, fez sentido dar vida àquela árvore. O menino aprendeu a cuidar e ter muito carinho pela muda, que logo espichou, multiplicou seus galhos, raízes, folhas, flores e frutos.

Um triste dia, o pai do garoto morreu. O menino que não entendia isso direito, saiu a vagar e neste dia descobriu que podia conversar com o vegetal. Ele chorava porque era muito novinho e sem seu pai não sabia nem como arranjar comida. Foi assim que, num gesto paternal, a árvore ofereceu seus frutos. O piá comeu tudo o que pôde e fez uma baita sujeira. Lambuzou-se e com fiapos entre os dentes aproveitou até o caroço de cada polpa. Cresceu com isso... Estudou, não usou muitas drogas recreativas, exercitava-se regularmente e quase nunca lembrava de visitar a velha amiga árvore...

Num outro dia especial xis, o menino virou um jovem... E conheceu uma moça... quase uma princesa! Por quem se apaixonou. Mas ela era de uma província distante e o nosso protagonista não tinha condições financeiras de vê-la constantemente. Desesperado saiu a caminhar de novo, imaginando alguma solução para seu dilema. Foi conversar com a grande árvore, que temerosa lhe ofereceu os galhos, ainda cheios de flores e frutos para que construísse uma jangada, trocasse por passagens de avião e fosse se aventurar pelo mundo e pelo amor. Nosso jovem conheceu novas terras, desbravou incontáveis províncias e conheceu algumas princesas antes de se decidir.

Eis que o jovem corre o mundo e encontra um amor verdadeiro. Os dois se casam e querem casa nova, o espaço é pouco para tanta gente. Ele e a família precisam de uma casa, mas não há dinheiro para comprar. Um pouco mais maduro (mas não muito), ele volta para visitar a árvore. Depois de muita cerimônia, ele finalmente pede para que sua (já não tão frondosa) amiga lhe dê o tronco. Ela, tremendo de pavor (igual vara verde), entende e se entrega, até restar apenas um toco.

A vida passa, e a casa protege todos do frio e da chuva. Cada um toma seu rumo e o moleque, agora um senhor, sente-se só por vezes. Ele vai até o toco por vezes também... Conversam e lembram sobre suas vidas: o homem conta suas viagens, a árvore suas estações. Ele virou um grande resmungão e se diz, por vezes, cansado da vida e indignado com as atitudes alheias. O toco sempre ouve tranqüilamente e procura compreender. Num rompante curioso, o homem pergunta:

- Ora, porque você sempre foi tão generosa comigo se as árvores nascem sozinhas? Transformei-lhe num toco e nada mais pode oferecer para me ajudar hoje...

A árvore, enquanto toco, se oferece como assento. O homem aceita envergonhado e cansado. O toco dá um profundo suspiro e diz, irradiando felicidade:

- Contemple daí sentado meus brotos nascendo. Todas estas sementes você ajudou a germinar enquanto comia meus frutos, espalhava meu pólen pelo mundo e passou demãos de verniz em sua casa para me eternizar... sou eternamente grata.

Ele olha ao redor e se percebe sentado num toco, o centro do frondoso bosque que virara seu quintal. O toco arremata:

- Me sinto muito feliz por ser o lugar onde você vem refletir sobre a vida, filho.