sábado, 22 de outubro de 2011

Depêndulo

Depender do olhar alheio
pendurado ao seu juízo
viciado e sem freio
em desgaste e prejuízo
afinar sem referência
uma dinâmica frequência
à indelével, tácita distância
com um labirinto ébrio
de sonhos tóxicos, roubados.
o que você vê, com este silêncio dos seus olhos?
As coisas que queremos no fim,
nunca teremos no meio
e assim tanta gente que não é rica, nem feliz
e decide correr pra lugar nenhum.
eu só fico parado, observando, sentindo...
sentindo tudo e sentindo muito
tão difícil mesmo a sociedade
que se duvidamos uma vez e com razão,
já não existe verdade,
a referência se perde sem consenso
vira tudo mandarim em mim
e pra se achar, se colocar no mundo
nunca bastou um chapéu, uma barba
p'ra deixar claro os detalhes do que pende da intimidade
que é olhar para o outro no olho e se enxergar.

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