terça-feira, 19 de julho de 2011

Ontologia do Cachorro

Não é bem poesia canina
é mesmo uma estatística em clausura
Desconfiada demais
de como um cachorro sarnento
apanha suas coisas humanas...
suas pulgas e peçanhas
no mato da vida sem luz.
Suas partes e portas fechadas
e perspectivas rasteiras, chapadas
contra concebendo em cruzadas
o pavor das noites claras que caem
o giro das viaturas
a recolher nós vagabundos
e impedir-nos as matilhas
de traumatizados, terão mais sabão:
"cachorro lobo é melhor morto"
Tão humano com vontade, medo e latidos
para com aquele frango girando na padoca
de cadela banca a louca
e baba espuma branca pela boca
seca deste agosto.

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