É um bissexto de alegria
Cada continente uma olimpíada,
um quadriênio, um dia a mais.
Uma gazeta existencial e pós-contemporânea. Contém poesias embaraçosas, expressões viscerais escarradas e uma boa dose de caótico desejo intenso. Tudo sem absolutamente nenhum compromisso com a verdade ou ficção.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Adaptação
Você gosta de brincar de polícia,
Eu só brinco de revolução.
Você gosta de julgar e reprimir,
Eu brinco de política aberta.
Você invoca leis e regras sagradas,
que vivem dando mancada...
Eu me divirto com os símbolos
que não lhe pertencem
e a poesia que lhe deixa tonto
Porque você nunca vai entender
BULHUFAS do que é belo em conviver
e de como o ser humano vai melhor
apontando menos dedos,
Com menos medos de mudar
pois essa é a vida, adaptação.
Eu só brinco de revolução.
Você gosta de julgar e reprimir,
Eu brinco de política aberta.
Você invoca leis e regras sagradas,
que vivem dando mancada...
Eu me divirto com os símbolos
que não lhe pertencem
e a poesia que lhe deixa tonto
Porque você nunca vai entender
BULHUFAS do que é belo em conviver
e de como o ser humano vai melhor
apontando menos dedos,
Com menos medos de mudar
pois essa é a vida, adaptação.
Cartas de Navegação:
embaraçoso,
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vísceras
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Porra, Euclides!
É diferente de pensar,
Diferente de resolver
Todas estas cousas per capita.
É tudo gozo e dor, mas no fim
É sempre o mesmo glaglaglá humano...
Os mesmos sentimentos, Euclides!
As mesmas perguntas
E uma maioria careta em coro
Na ponta da língua com a mesma
Diferente de resolver
Todas estas cousas per capita.
É tudo gozo e dor, mas no fim
É sempre o mesmo glaglaglá humano...
Os mesmos sentimentos, Euclides!
As mesmas perguntas
E uma maioria careta em coro
Na ponta da língua com a mesma
[ a mesma resposta
Euclides, uma só vida e morte
[ per capita
Para todo devir, criativos, ativos,
Passivos dos diferentes tempos
[ cíclicos, primordiais
A fazer único universo, um só plano
individual porque coletivo, porque ponto e linha
Coletivo porque individual, Euclides!
Expressivo e igual sendo tão contínuo
Com pausas enormes para o amor, o ódio,
paz e guerra nas mesmas condições
[ que nos unem no mesmo,
[ no mesmo glaglaglá eterno...
Porra, Euclides!
[ Que universo é esse?
Cântico Atlântico a Pindorama
Te amo, minha majestade,
Minha rainha, imperatriz, mon chou,
Gloriana, graciliana e mais cheia de graças...
Cigana e princesa, banhista mais bela
À sombra donde canta o sabiá,
Bresiliana vens úmida, vens quente,
Verde floresta, vermelha semente,
Nem África, Ibéria, ou norte América,
Em teu seio, mulher gentil, ó liberdade,
Uma brasa, um braseiro, um brasil...
Com teu resplendor, delícia,
Assim tu me matas, axé sertaneja,
Com teu olhar de ressaca,
Que vem e que praça (!), agreste e criola
Abrindo alas, fazendo ebó e ola.
Redime teus gringos em mingau sublime
E que hajam energias para a tua folia!
Com tanto açúcar, cacau, café, guaraná:
Mulher que és, mulher,
Até na orgia, só faz o que quer.
Te trouxe filhos, me faz teu oceano.
Deságua e me dá tua orla que te beijo na vaga, na espuma e areia,
Nas nossas praias e mangues, abrasamos o canto.
Minha rainha, imperatriz, mon chou,
Gloriana, graciliana e mais cheia de graças...
Cigana e princesa, banhista mais bela
À sombra donde canta o sabiá,
Bresiliana vens úmida, vens quente,
Verde floresta, vermelha semente,
Nem África, Ibéria, ou norte América,
Em teu seio, mulher gentil, ó liberdade,
Uma brasa, um braseiro, um brasil...
Com teu resplendor, delícia,
Assim tu me matas, axé sertaneja,
Com teu olhar de ressaca,
Que vem e que praça (!), agreste e criola
Abrindo alas, fazendo ebó e ola.
Redime teus gringos em mingau sublime
E que hajam energias para a tua folia!
Com tanto açúcar, cacau, café, guaraná:
Mulher que és, mulher,
Até na orgia, só faz o que quer.
Te trouxe filhos, me faz teu oceano.
Deságua e me dá tua orla que te beijo na vaga, na espuma e areia,
Nas nossas praias e mangues, abrasamos o canto.
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