Aqui havia
uma flor,
que fora deixada
para secar.
Da rosa que te dei,
um sudário agora,
pois não quiseste
ela aceitar.
Triste e magoado
mas não quis desperdiçar
guardei no caderno,
a rosa a desidratar.
Te esmaguei com uma garrafa
que não queria abrir
e depois que bebi,
suas pétalas despedaçadas
foram caindo no rio...
A correnteza não sabia
para onde te levar...
Por mais que fosse um rio,
contra as pétalas,
ele lutava contra o mar...
Hoje, guardo apenas o cálice seco,
onde hei de beber um novo amor,
por que algo eu consegui guardar
além das lembranças tintas e secas.
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